Estranho Mundo

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Saudade...

Faz um tempo que estou com algo engasgado, necessitando desabafar, necessitando escrever. Mas dessa vez não terá nada a ver com notícias, festas, eventos ou fotos. Será meu íntimo, será algo que doí. Mas a cada dia que passa está dorzinha se torna uma saudade, talvez de uma pessoa, mas do que isso, é uma dorzinha de lembrança, uma dorzinha de saudade, de carência. Consigo lembrar daqueles dias com sorriso no rosto, foi bom. Sair da realidade, fugir, colocar o foco em uma aventura, aproveitar até a última gota, até o último momento. Tenho disso. Talvez foi minha maior loucura, talvez eu de fato não tenha pensado em outra coisa que não fosse, o aproveitar, o aqui e o agora. Apenas o momento! Aproveita-lo. São esses momentos que me fazem ser a pessoa que sou. São eles que conseguem dar um ‘stop’ na minha realidade e tirar alguns sorrisos na hora e quando relembro, quando me deito, quando escuto alguma música. Me lembro da seguinte frase: “Nós vamos ser bons amigos”, sim, vamos sim. No que depender de mim. Costumo tratar com carinho aquelas pessoas que conseguiram, ou melhor, tentaram segurar minha realidade, meus conflitos. Não tive o direito de lhe cobrar nada. Tudo que fiz, tive que sofrer, talvez, alguma consequência. Poucos conseguem permanecer no meu mundo e saber lidar com ele, mas ao menos você tentou. E o momento que permaneceste, e o jeito que tu me tratou, conseguiu marcar no meu cérebro. Minha memória em algumas vezes não é muito boa, mas em outras, elas conseguem fotografar momentos importantes. Me lembro, e acho que não irei esquecer e nem apaga-la. Em pleno ano novo, enquanto eu estava refletindo, fazendo minhas orações, pedindo ao ser soberano, pedindo ao ano novo, ao vento, a minha mãe natureza e ao mar, que conseguiste acalmar meu coração diante de tantas percas e dores. E logo em seguida tu me abraçou e pediu pra eu olhar pra trás, quando olho, vejo a seguinte frase escrita na areia: “7 ONDAS”, pra ti talvez não fizesse tanta importância quanto fez para mim. Logo em seguida, derramei algumas lágrimas na tua roupa. Sim, naquele momento me sentir protegida, me sentir acolhida, me sentir importante. Sentir que esse ano pudesse ser melhor, minha esperança voltou. Sim, eu também sabia que assim que eu voltasse pra minha cidade, pra minha realidade, este momento poderia vim a falecer. Infelizmente foi isso que ocorreu, o óbito, mas as lembranças ainda me perseguem com sorrisos no rosto, com alegria. Pois pude aproveitar, e dizer que valeu a pena. Obrigada novamente, por aquentar meus secretos, por segura-lo. Saudade de ser abraçada, de estar abraçada, e de alguém dizer, por mais que fosse uma mentira: “Vai ficar tudo bem”, não ficará, porém ainda tenho minhas inocências. Quanta saudade, saudade de ser mimada, saudade de olhar no olho, saudade de pessoas verdadeiras. Vou andando, vou sorrindo em alguns momentos, vou chorando em outros. Apenas vou vivendo o que minha vida está me oferecendo. Talvez, fosse errado seguir a emoção, mas sem ela não iriamos conseguir aproveitar e sentir os pequenos detalhes.